De Dutra a Jango
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O período dos governos Dutra, Vargas, Café
Filho, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart tiveram um caráter
populista, pela imagem carismática de determinados políticos e o momento de
efervescência de alguns segmentos da sociedade.
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Começa com a deposição do Estado Novo de Vargas,
em 1945, e termina com o Golpe Militar de 1964, mergulhando o país numa
ditadura que durou 21 anos.
Momento Histórico Mundial
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Fim da Segunda Guerra Mundial;
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início da Guerra Fria: Estados Unidos X União Soviética;
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estabelecimento de áreas de influência;
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medo do avanço do comunismo para os países
capitalistas.
No Brasil
- Getúlio
Vargas é deposto da Presidência da República;
- elaboração
da nova Constituição (1946);
- crescimento
econômico do país;
- empresários
cada vez acumulando mais Capital;
- trabalhadores
exigindo maiores direitos dos patrões.
O Brasil sob Nova Constituição
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Elaborada sob o impacto do final da Segunda
Guerra Mundial, a Constituição de 1946 foi a mais democrática das cinco
Constituições que o país teve até então.
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Possibilidade de cassar o registro de partidos
considerados “perigosos”;
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estabelecia voto direto e secreto;
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garantia autonomia dos municípios e estados;
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assegurava o direito de greve (embora este fosse
muito regulamentado);
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previa ainda uma legislação específica para a
educação.
Governo Dutra (1946-1951)
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Na administração de Dutra, tivemos a pavimentação
da rodovia Rio-São Paulo, a instalação da Companhia Hidroelétrica do São
Francisco e o chamado “Plano Salte”, que priorizava a saúde, a alimentação, os
transportes e a energia. Nesse período houve grande aumento da inflação,
diminuindo ainda mais o poder de compra do povo. Outra atitude polêmica do
Governo Dutra foi o fechamento dos cassinos e fim dos jogos de azar no Brasil.
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Tem como característica principal, o reforço dos laços existentes entre o Brasil
e os Estados Unidos, rompendo assim relações com a União Soviética. Dizia-se na
época: “tudo que era bom para os Estados Unidos era bom para o Brasil”.
Governo Vargas (1951-1954)
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Vargas retornava ao Palácio do Catete “nos
braços do povo”. Agora, eleito pelo voto popular, direto e secreto.
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Tinha grande receptividade do povo, como podemos
observar no jingle da campanha e na imagem.
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“Em 1951, Getúlio Vargas retornou à
presidência da República, dessa vez por meio do voto popular. Vargas
candidatou-se pelo PTB e recebeu apoio do Partido Social Progressista (PSP),
vencendo o pleito de 1950 com 48,7% dos votos. O segundo mandato presidencial
de Getúlio Vargas foi marcado por importantes iniciativas nas áreas social e
econômica”.
Características e fatos do Governo Vargas
- Nacionalismo
e Intervencionismo;
- populismo
e dominação de classe;
- modernização
Acelerada;
- campanha
“O Petróleo é Nosso”;
- criação
da Petrobrás;
- criação
do BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico).
- Indignado
com os ataques movidos por Carlos Lacerda contra Vargas, o
chefe da guarda pessoal, Gregório Fortunato, contratou dois pistoleiros
para executar Carlos Lacerda. Este, na noite de 5 de agosto de 1954, na
Rua Toneleros (RJ), foi vítima de um atentado que o feriu no pé.
- No mesmo atentado, o major
Rubem Vaz da FAB foi alvejado, vindo a falecer. Logo, todas as evidências
voltaram-se para o Catete. Oficiais da FAB resolveram fazer um inquérito
por conta própria, visto que alegavam não poder confiar na polícia de
Vargas.
- Formou-se a chamada
"República do Galeão", um inquérito à revelia das autoridades
constituídas. Em pouco tempo, os criminosos foram detidos e Gregório Fortunato
preso.
- O
poder de Vargas esvaziou-se.
- Às
8:30 do dia 24 de agosto, Getúlio Vargas, presidente do Brasil por 19
anos, com uma carta-testamento e um tiro no coração, cumpre com o que
teria prometido durante a crise: "Se me quiserem depor, só
encontrarão o meu cadáver.
Governo Café Filho (1954-1955)
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A tensão que se seguiu à eleição de Juscelino e
a de João Goulart, provocada pelo descontentamento da UDN e de setores
militares com a vitória da aliança PSD-PTB, tornou-se especialmente aguda em 1º
de novembro, por ocasião do enterro do general Canrobert, presidente do
Clube Militar. Na cerimônia, o coronel Jurandir Mamede proferiu um
discurso no qual, depois de elogiar Canrobert por sua atuação no movimento
contra Vargas, criticou abertamente os candidatos eleitos e pronunciou-se
contra a posse. Julgando a fala de Mamede um ato de indisciplina, o ministro da
Guerra, general Lott, exigiu sua punição, porém demonstrou estar bastante
descontente com a decisão de Carlos Luz de não punir Mamede. Na madrugada do
dia 11 de novembro, tropas interditaram o acesso ao palácio do Catete, ocuparam
os quartéis de polícia e a sede da companhia telefônica e passaram a controlar
as operações de telégrafo. Fazendo assim o “Golpe Preventivo” e impendido que Café
Filho ou Carlos Luz voltassem à presidência.
Governo Kubitschek (1956-1961)
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Juscelino Kubitschek foi
eleito presidente do Brasil nas eleições de 1955, tendo João
Goulart (Jango) como vice-presidente.
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No início de seu governo, JK apresentou ao povo
brasileiro o seu Plano de Metas, cujo lema era “cinquenta anos em
cinco”.
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Pretendia desenvolver o pais com cinquenta anos
em apenas cinco de governo. O Plano de Metas consistia no investimento em áreas
prioritárias para o desenvolvimento econômico, principalmente, infraestrutura
(rodovias, hidroelétricas, aeroportos) e indústria.
Acontecimentos do Governo JK
- Construção
de estrada (Belém-Brasília) e usinas (Furnas, Três Marias).
- Construção
de Brasília (1960).
- Implantação
da indústria automobilística.
- Empréstimos
– endividamento externo.
- Urbanização
intensa e desordenada.
- Criação
da SUDENE
- Inflação
e concentração de renda.
- 1960
– Rompimento com FMI.
- Durante
o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) o setor socioeconômico
caracterizou-se: desenvolvimentismo , expressado pelo Plano de Metas, que
continha trinta e um objetivos estratégicos para o desenvolvimento do
país.
- A energia,
a educação e a indústria básica foram três dos setores estratégicos do
governo JK.
O desenvolvimento industrial foi possível pela conjugação de investimentos estatais e privados, dentre os quais merece destaque a presença de capital estrangeiro. - A
construção da nova capital – Brasília – foi considerada os esforços de
integração do território brasileiro e a modernidade do momento vivido.
Governo Jânio Quadros (1961)
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Jânio da Silva Quadros foi eleito presidente do
Brasil, através do voto direito, nas eleições presidenciais de 1960.
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Presidente Jânio Quadros era os seus famosos e
temíveis “bilhetinhos” enviados a seus Ministros e demais colaboradores.
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Na eleição presidencial de 1960, a vitória coube
a Jânio Quadros. Naquela época, as regras eleitorais estabeleciam chapas
independentes para a candidatura a vice-presidente, por esse motivo, João
Goulart, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) foi reeleito.
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A gestão de Jânio Quadros na presidência da
República foi breve durou sete meses e encerrou-se com a sua renúncia.
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A renúncia de Jânio Quadros desencadeou uma
crise institucional sem precedentes. A posse do vice-presidente João Goulart
não foi aceita pelos ministros militares e pelas classes dominantes.
Governo João Goulart (1961-1964)
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Críticas a um determinado aspecto do governo de
Goulart. Sendo a 1ª representa o crescente processo inflacionário vivido na
época no Brasil e a 2ª suposta aproximação aos governos de esquerda
(socialistas).
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esses dois aspectos contribuíram para a
justificativa do golpe militar de 1964 A impossibilidade de controlar a inflação
fez com que João Goulart perdesse apoio da parte dos trabalhadores e da classe
média, setores que vinham sendo cooptados pelo discurso dos grupos
conservadores.
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conjunto de fatores reforçou a ideia de um golpe
de Estado, apoiado pelos Estados Unidos e executado por lideranças militares
com o apoio de importantes setores civis, como as elites e a Igreja Católica.
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De 1961 a 1963, vigorou no Brasil o sistema
parlamentar.
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Como Jango era considerado comunista e
continuador do Getulismo, os militares não queriam que ele assumisse.
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No Congresso Nacional, os líderes políticos
negociaram uma saída para a crise institucional.
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A solução encontrada foi o estabelecimento do
regime parlamentarista de governo que vigorou por dois anos (1961-1962),
reduzindo enormemente os poderes constitucionais de Jango.
O governo de Jango:
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lei de Remessa de Lucros;
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descontentamento dos EUA e da oposição ligada a
UDN;
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plano Trienal de Desenvolvimento;
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reformas de Base (agrária, urbana, política e
educacional);
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atuação intensa das Ligas Camponesas (Francisco
Julião);
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1963: Retomada de poderes (volta do
presidencialismo – plebiscito);
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Jango assina no comício da Central (“Comício dos
100 mil”) a ata instituindo a Reforma Agrária;
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“Passeata da Família com Deus pela Liberdade”, passeata
da oposição ao governo de Jango, era formada pela classe média, pela Igreja,
por todos contra.
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As Forças Armadas, então, colocam os tanques na
rua e depõe Jango e os militares assumiram o poder . Foi em 31/03/1964. E em
01/04/1964 faz-se o AI-1 , que depunha Jango. E o Brasil mergulha numa ditadura
que vai durar 21 anos.