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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Resumo Colonização da América portuguesa





Início da colonização

Em 1530, Portugal enviou uma expedição comandada por Martim Afonso de Souza, composta de cinco navios e 400 homens. Esse efetivo visava iniciar a colonização do Brasil e policiar a costa, evitando a ação de contrabandistas e verificando a existência de ouro.
Em 1532, Martim Afonso de Souza fundou São Vicente e plantou muda de cana-de-açúcar.

Capitanias hereditárias

Para colonizar o Brasil, Portugal criou o sistema das capitanias hereditárias.
D. João Ill dividiu o Brasil em 15 unidades administrativas e entregou-as a 12 donatários, seus administradores.
O donatário era o responsável pela capitania. Quando morresse, seu filho mais velho assumia seu lugar.
Dois documentos regulamentavam a capitania: a carta de doação do rei ao donatário, oficializando a posse, e o foral, que continha os direitos e deveres do donatário e do rei de Portugal.
Terras pertencentes a Portugal e Terras pertencentes à Espanha

Capitanias hereditárias

Apenas duas capitanias prosperaram: Pernambuco e São Vicente, em razão das condições favoráveis do solo e do clima, conseguindo grande produtividade no cultivo de cana- de açúcar
O fracasso das capitanias deveu-se à falta de dinheiro, resistência dos índios, distância de Portugal, extensão demasiada do território para administração e ao desinteresse dos donatários. à
Em 1548, foi criado o Governo-geral, para auxiliar os donatários e centralizar a administração. O governador-geral era auxiliado pelos:
             Capitão-mor responsável pela defesa do território;
             Ouvidor-mor-responsável pela execução da justiça;
             Provedor-mor- responsável pelas questões financeiras.
2 Rebelião dos tupis fluminenses contra os portugueses. apostilado

Governadores e gerais

Tomé de Souza (1549 — 1553): Primeiro governador-geral, sediado na Bahia, trouxe jesuítas para catequizar os índios, instalou o primeiro bispado brasileiro, sob chefia de D. Pero Fernandes Sardinha, e trouxe as primeiras cabeças de gado para o Brasil.

Duarte da Costa (1553 — 1558): Segundo governador- geral, chegou à Bahia com seu filho, D. Álvaro da Costa, colonos e jesuítas, destacando-se José de Anchieta. Em 25 de janeiro de 1554, os padres jesuítas fundaram o Colégio São Paulo (escola de ler e escrever), dando origem à vila e depois à cidade de São Paulo. Esse governador sofreu com a invasão francesa em 1555 no Rio de Janeiro, onde foi fundada a França Antártica. Os franceses, em sua maioria protestante, fugiam das perseguições na França e buscavam riquezas.

Mem de Sá (1558 — 1572): Terceiro governador, procurou vencer a resistência indígena, incentivando a catequese e com- batendo aqueles que não aceitavam o domínio português. Com auxílio dos jesuítas, firmou a paz com a confederação dos Tamoios?, Associação que reunia nações indígenas aliadas dos franceses, enfraquecendo a França Antártica e expulsando os franceses.
Com a morte de Mem de Sá, o Brasil passou a ter dois governos, o do norte, capital em Salvador e o do sul, capital no Rio de Janeiro.
Lembramos que até a metade do século XVII, as câmaras municipais, controladas pelos senhores de terras, eram mais poderosas do que os governadores.

Principais atividades econômicas
Cana de açúcar

A plantação de cana-de-açúcar foi iniciada em São Vicente, desenvolvendo-se em especial no litoral nordestino, sendo este o motivo do povoamento no litoral brasileiro.
A cana era processada nos engenhos. Neles, era preparado o açúcar. O número de trabalhadores assalariados era reduzido, a maior parte da mão-de-obra era escrava.
A burguesia holandesa participava no transporte, financia- mento, distribuição e no refino do açúcar brasileiro.
Entre 1580 e 1640, Portugal esteve unido à Espanha. Nesse período, o Brasil foi proibido pelos espanhóis de estabelecer . comércio com os holandeses. Em represália, os holandeses invadiram o nordeste brasileiro.
Com a expulsão dos holandeses em 1654, a produção açucareira reduziu-se, por sua desorganização e com a concorrência do açúcar produzido nas Antilhas pelos holandeses.
Algodão O cultivo do algodão expandiu-se no século XVlll na região do Maranhão. Teve seu apogeu durante a Revolução Industrial, quando o maior fornecedor de algodão, os Estados Unidos, estavam em guerra contra a Inglaterra.


fumo

Era utilizado como forma de pagamento no tráfico de escravos africanos.

Pecuária
No nordeste, o gado foi criado a princípio com a função de fornecer força de tração, carne e couro. No sul, a coroa portuguesa, interessada no povoamento, estimulou a imigração e incentivou a criação de gado e a exportação de couro.

Mineração

Desde o início da colonização, Portugal preocupou-se em encontrar metais preciosos no Brasil, porém as primeiras minas só foram descobertas no final do século XVII.
a Carro-de-boi. A pecuária é incentivada no Brasil colônia
Nesta época, bandeirantes paulistas deixaram a vila de São Paulo em direção aos sertões, buscando metais preciosos.
A notícia fez com que muita gente se concentrasse na região de Minas Gerais. Essa concentração culminou na Guerra das Emboabas (1708-— 1709), conflito que exigiu a intervenção da coroa portuguesa.
Após o conflito, os paulistas avançaram para oeste (Mato Grosso e Goiás), onde encontraram novas jazidas de pedras preciosas.
Foi criada a intendência das minas, órgão da coroa para fiscalização dos produtos.
Em 1720, foram criadas as casas de fundição, onde era cobrado o quinto, ou seja, o imposto que deveria ser pago à coroa pelo, ouro extraído.
Na mesma época, organizou-se a revolta de Vila Rica, liderada por Felipe dos Santos contra a rígida fiscalização portuguesa, abafada com violência pela coroa. Portugal passava por dificuldades políticas e econômicas. As dificuldades reforçaram a dependência financeira em relação à Inglaterra.
Em 1708, Portugal assinou o Tratado de Methuem, no gual a Inglaterra comprometia-se a comprar o vinho português e, em troca, Portugal comprava os tecidos ingleses.
Esse tratado desfavorecia a balança comercial portuguesa, pois as manufaturas inglesas custavam mais do que o recebido pela exportação dos vinhos.
O ouro brasileiro tornou-se uma forma de compensar os prejuízos portugueses. Para efetivar essa compensação, foram deliberadas as seguintes normas: Í
             Deslocamento do eixo econômico do Nordeste pará” as regiões Sudeste e Centro-Oeste.
             Abastecimento da região mineradora por gêneros alimentícios vindos de São Paulo e Rio Grande do Sul, gerando trocas internas.
             Mudança da capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro, entrada e saída portuária importante da colônia.

À brasilidade forçada dos africanos

Em Pernambuco e Rio de Janeiro, houve desembarque predominante de negros vindos de Angola, Congo e Moçambique, conhecidos como bantos (que falam as línguas bantas).
Na Bahia, desembarcaram os povos sudaneses, da área denominada Guiné pelos europeus. Sua língua era o iorubá e ficaram conhecidos como nagôs.
As viagens eram feitas em navios e os escravos eram “armazenados” como mercadorias. Cerca de 30% dos negros morriam antes de chegar ao Brasil.
Os escravos eram marcados com ferro, como o gado, no peito, na coxa ou no ombro.
Os quilombos eram formados por escravos fugitivos

À  influência holandesa no Brasil

Em 1578, D. Sebastião, rei de Portugal, morreu sem deixar herdeiros. Com isso, o trono português ficou nas mãos de seu tio, o cardeal D. Henrique, que morreu em 1580, também sem deixar herdeiros. "
Felipe II, rei da Espanha, aproveitou-se do fato de ser parente do rei morto e invadiu Portugal, proclamando-se rei, iniciando a fusão entre Espanha e Portugal, a União Ibérica.
Nessa época, o Tratado de Tordesilhas deixou de ter validade e o Brasil foi proibido de estabelecer comércio com a Holanda.
Por razões de, sucessão dinástica, a Espanha ocupou a Holanda, cobrando impostos altíssimos dos holandeses, que revoltados lutaram por sua independência.
Com muita luta, os holandeses, de maioria protestante, se libertaram da Espanha católica e fundaram a República das Províncias Unidas.
Felipe II, como retaliação, proibiu a entrada de navios holandeses em todos os portos sob seu domínio, inclusive o Brasil.

Lugar no mato onde se refugiavam os escravos.

Quando desembarcados no Brasil, eram expostos e vendidos. Trabalhavam até a exaustão. Quando não atendiam às necessidades de seu senhor, eram castigados fisicamente e até mortos.
Como reação a estas atrocidades, evitavam filhos, cometiam o suicídio, matavam seus algozes ou fugiam para a mata, formando quilombos?.
O quilombo maior e mais duradouro (aproximadamente 100 anos) foi o quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi, que abrigou 25 mil habitantes e foi destruído em 1694 por tropas comandadas pelo bandeirante Domingos Jorge Velho. Zumbi foi morto em 1695.
Os holandeses criaram então a Companhia das Índias Orientais. Tratava-se de uma companhia de comércio, autorizada a saquear e piratear na África e na América.
Em 1624, os holandeses tomaram Salvador, mas foram cercados pela frota espanhola e renderam-se em 1625.
Numa segunda invasão, em 1630, invadiram Pernambuco, vencendo a resistência interna depois de uma luta que durou sete anos. Os holandeses dominaram as capitanias de Itamaracá, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Em 1637, chegou ao Brasil o conde João Maurício de Nassau, que reconstruiu engenhos, deu liberdade religiosa aos habitantes e remodelou a cidade de Recife. Os domínios holandeses foram estendidos do Sergipe ao Maranhão e foi instalada em Angola uma feitoria de escravos.
Durante a permanência dos holandeses no Brasil, muitos cientistas e artistas europeus foram trazidos por Nassau para trabalhar em Recife.
Paralelamente à ocupação holandesa, os portugueses lutavam para se libertar do domínio espanhol.
Em 1640, os portugueses recuperaram sua independência e colocaram no trono D. João IV, inaugurando a dinastia de Bragança.
Enfraquecido com a luta contra a Espanha, Portugal decidiu-se pôr um acordo de paz com a Holanda.
Em 1644, Maurício de Nassau deixa o cargo de governa- dor e sai do Brasil, pois não concordava com as condições da Companhia das Índias Orientais, que exigia pagamento dos empréstimos feitos aos senhores do engenho ou o confisco de suas propriedades.
Após a saída de Maurício de Nassau, a Companhia das Índias Orientais confiscou propriedades e suspendeu a liberdade religiosa. Recomeçou então a luta para expulsão dos holandeses.
Aluta, liderada pelos senhores de engenho do nordeste, foi conhecida como Insurreição Pernambucana. As batalhas decisivas neste conflito foram as de Guararapes, travada nos montes Guararapes, próximos do Recife. Os brasileiros foram os vencedores.

À Guerra dos Mascates

Durante a ocupação holandesa, Olinda, capital de Pernambuco, era habitada por poderosos proprietários de terras, sendo uma cidade próspera. Com a expulsão dos holandeses, a produção açucareira, que era mantida pela Companhia das Índias Orientais, migrou para as Antilhas.
Com a decadência da atividade açucareira no nordeste, muitos senhores de engenho faliram. Tentando sanar seu problema econômico, eles pediram dinheiro emprestado aos comerciantes portugueses de Recife, os mascates, porém não conseguiram pagar suas dívidas.
Para os mascates, a única forma de recuperar o dinheiro emprestado seria tomar as propriedades e os escravos dos devedores. Era uma tarefa difícil, pois tal medida dependia da aprovação da Câmara Municipal de Olinda, que era controlada por proprietários de terra.

Título da nobreza de Portugal.

Os comerciantes não podiam concorrer às eleições para a Câmara, pois não eram considerados “homens bons”*'. Com apoio de autoridades portuguesas, os mascates conseguiram participar das eleições municipais.
Os donos de grandes propriedades manipularam as eleições impedindo uma possível vitória dos recifenses, que apelaram para as autoridades portuguesas e conseguiram a elevação de Recife à condição de vila em 1710.
Como vila, Recife teria sua própria câmara municipal. Os moradores de Olinda entraram em conflito com os recifenses, questionando os limites entre os dois municípios; estes conflitos, armados, se estenderam até 1714,
Recife confirmou sua condição de vila e tomou-se a capital da capitania de Pernambuco.

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