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segunda-feira, 25 de junho de 2018
HEBREUS
O povo hebreu também era denominado israelita ou judeus. Sua região, por sua vez, era conhecida como Canaã, Israel ou Palestina.
Faziam parte da grande região chamada de Crescente Fértil, banhados pelo rio Jordão. Sua história se desenvolveu diferente de outros povos da antiguidade.
Eles foram o primeiro povo a afirmar a fé em um único Deus, a quem chamavam Jeová. Eram, portanto, monoteístas. Deixaram seus registros na Bíblia, dividida em Antigo e Novo Testamento.
Sua religião é chamada de judaísmo, e deu origem às duas maiores religiões que existem atualmente: cristianismo e islamismo.
Para facilitar a compreensão de sua história, os historiadores dividem em algumas fases principais: Patriarcas, Juízes, Reis e Dominação Estrangeira.
Os patriarcas foram os líderes religiosos originais do povo hebreu. O primeiro patriarca foi Abraão, que, aproximadamente em 2000 a.C., saiu de Ur, na Mesopotâmia, e emigrou com sua família para Canaã.
Durante muito tempo, os hebreus se dedicaram à agricultura e ao pastoreio naquelas terras. Porém, um período de fome e seca fez os hebreus emigrarem para o Egito, por volta de 1700 a.C.
No Egito, eles foram escravizados até, aproximadamente, 1250 a.C. Sob orientação do patriarca Moisés, foram libertados. A fuga do Egito é denominada Êxodo, e marcou o retorno dos hebreus a Canaã.
Durante a viagem, que durou em torno de 40 anos, Moisés criou a Tábua dos 10 Mandamentos. Estes mandamentos se transformaram em leis que deveriam ser seguidas por todos os hebreus.
Por terem passado tanto tempo como escravos, a terra de Canaã foi povoada por outras tribos.
A reconquista da terra de Canaã foi liderada por autoridades políticas, religiosas e militares, denominadas juízes.
O juízes também tinham a obrigação de averiguar se as leis estavam sendo cumpridas pelo povo hebreu.
Josué, que sucedeu Moisés, foi o primeiro juiz. Liderou a vitória sobre outros povos, conquistando a cidade de Jericó.
A instalação de uma monarquia, a partir de 1050 a.C., foi necessária para unificar as tribos hebraicas.
O primeiro rei foi Saul, sucedido por Davi. Este último estabeleceu a capital em Jerusalém.
O terceiro rei foi Salomão, cujo governo assinalou o apogeu da monarquia. Ele mandou construir o Templo de Jerusalém.
Com a morte de Salomão, em 930 a.C. o povo se dividiu em dois: dez tribos no norte formaram o reino de Israel, capital na Samaria; e duas tribos no sul formaram o reino de Judá, capital em Jerusalém.
A fase conhecida como Dominação Estrangeira, foi marcada pela invasão de Canaã por vários povos. Neste contexto, o povo hebreu foi escravizado durante várias vezes.
Em 722 a.C., Israel caiu em poder dos Assírios, que deportaram os hebreus para outras regiões. Em 587 a.C., os babilônios conquistaram Judá, destruíram o templo e deportaram vários hebreus para a Babilônia.
Em 333 a.C., a Palestina foi conquistada pelas tropas de Alexandre, o Grande. Em 63 a.C., foi dominada pelos romanos.
Neste contexto, Jesus Cristo nasceu. Alguns judeus achavam que ele viria libertar Israel dos povos invasores. Não aconteceu, e até hoje grande parte dos judeus não credita a Jesus o título de Messias ou filho de Deus.
Em 134 d.C., ainda sob domínio romano, os judeus foram expulsos de sua terra e se espalharam pelo mundo. Este evento é conhecido como Diáspora.
Os judeus só foram retornar para sua terra, a partir de 1918.
Em 1948, foi criado o estado de Israel. A maioria dos povos islâmicos que ali viviam – chamados então de palestinos – foram expulsos.
A expulsão dos palestinos inaugurou uma série de conflitos pela terra que se estende até a atualidade. Aquela região é considerada uma das mais turbulentas do mundo.