Grécia Antiga
Situada no sul da Europa (Península balcânica), numa
região de relevo acidentado e um arquipélago no Mar
Egeu, a Grécia foi palco de uma civilização que se
desenvolveu além de seus limites geográficos.
A civilização grega tem uma grande importância para a
formação cultural e política do atual mundo ocidental. Por
exemplo, os gregos foram os primeiros a falar em
democracia, o “governo do povo”. Para eles, tal sistema
deveria ser exercido por cidadãos preparados e
conhecedores dos problemas da cidade onde viviam. Daí a
importância à educação e à formação dos cidadãos em sua
sociedade.
A História da Grécia Antiga se estende do século XX a.C. até o século II a.C.
quando a região foi conquistada pelos romanos.
Mas, para termos uma melhor noção da evolução da Grécia enquanto civilização,
dividimos sua história em algumas
fases:
1. Período Pré-homérico (século XX –
XII a.C.);
2. Período Homérico (século XII – VIII
a.C.)
3. Período Arcaico (século VIII – VI
a.C.)
4. Período Clássico (século VI – IV a.C.)
5. Período Helenístico (século IV –II
a.C.)
Grécia Pré-homérica
Povo Grego
Por volta de 2000 a.C. a península balcânica passou a ser ocupada por povos indoeuropeus,
estes povos eram:
Aqueus: foram os primeiros a chegar, concentraram-se no peloponeso, submeteram
a população local e fundaram várias cidades, entre elas Micenas e
Tirinto.
Eólios: atingiram várias regiões, entre elas a Tessália.
Jônios: estabeleceram-se na região da Ática, onde mais tarde fundaram a cidade
de Atenas.
Dórios: último dos povos a se estabelecer na Grécia. Ocuparam o peloponeso por
volta de 1200 a.C., provocando a dispersão de parte de sua população para o
interior e para as ilhas do mar Egeu e a costa da Ásia Menor, no episódio
conhecido como Primeira Diáspora grega. São também os responsáveis pela
fundação da cidade de Esparta.
Civilização Creto-Micênica
Na Ilha de Creta, no sul do Mar Egeu, se desenvolveu uma sociedade fundada no
comércio com as regiões vizinhas, principalmente o Egito. Creta exerceu o
domínio sobre diversas áreas do Mediterrâneo. Nessa ilha formou-se um governo
conhecido por Talassocracia (thalassos = mar; cracia = poder), desenvolvendo um
verdadeiro império comercial-marítimo.
Cnossos foi a cidade que estabeleceu a supremacia
sobre a ilha. Os reis eram chamados minos, palavra
que deu origem ao nome civilização minóica.
No século XV a.C. os Micênicos (da cidade grega de
Micenas) conquistaram Creta, estabelecendo
grande intercâmbio comercial entra a Ilha e a Grécia.
Houve grande desenvolvimento cultural até que no
século XII a.C. os Dórios invadissem a Grécia e
acabassem com a civilização creto-micênica.
Grécia Homérica
Nesse período, a Grécia passou por um grande retrocesso cultural, com o fim da
civilização creto-micênica e com a ruralização da sociedade. Alguns estudiosos
chamam esse período da Idade das Trevas da História grega.
Nessa fase predominou a organização gentílica, cuja base era o genos – uma
espécie de clã familiar, uma família coletiva – onde os parentes consangüíneos
descendiam de um antepassado comum – um herói ou um animal sagrado.
O chefe do genos era o pater, detentor da autoridade militar, religiosa e política.
O genos se caracterizava por:
Economia agropastoril.;
Propriedade coletiva da terra;
Sociedade igualitária, com diferenciação apenas pelo grau de parentesco com
o pater.
Por volta do século VIII a.C., teve início o processo de desintegração da
comunidade gentílica. A produção não acompanhou o crescimento demográfico,
levando à falta de alimentos e ao surgimento da propriedade privada e das classes
sociais. As tensões sociais e as crises levaram alguns genos a se unir por
determinados objetivos comuns, formando as fratrias e outras unidades políticas,
passando por um processo de integração que resultaria nas polis.
2ª Diáspora Grega – Com a desagragação do genos, muitos se deslocaram para
áreas ao longo do Mediterrâneo buscando novas oportunidades de vida. Foi aí
que aconteceu a nova diaspora, com a formação de colônias em áreas da
Mediterrâneo, Ásia Menor e Norte da África.